segunda-feira, 16 de maio de 2011

Afinal que Umbanda é essa que praticamos?

Ha muito tempo venho observando, lendo, questionando a nossa Umbanda Popular que o médium Zélio Fernandes de Morais assim trouxe e difundiu essa pratica religiosa undamentada em 3 pilares que são sua base de sustentação: O AMOR, A CARIDADE E A HUMILDADE, composta de um deus único (OLORUM), que é o criador de tudo e todos, onde seus freqüentadores (chamados também de "filhos de fé") reverenciam entidades superiores denominados ORIXÁS, sendo o principal Jesus (OXALÁ). Os anos se passaram e confesso que nunca entrei em nenhum Centro de Umbanda  como visitante ou médium e tenha visto uma "Umbanda Popular Genuína". A cada Casa que passei vi uma Umbanda miscigenada de outras praticas ritualistas oriundas do Candomblé, Nação e/ou com várias influências de cultos africanos que não fazem parte dessa Umbanda Popular. Não sei realmente se essas influências são favoráveis a nossa querida Umbanda. 
Muitos chamam de Umbanda terreiros que não realizam sacrifícios de animais, mas o fundamento da Umbanda vai além desse ponto. Tendas com bori, com saídas de santo, recolher para o santo, entre muitos outros fundamentos não fazem parte do nosso Culto, porém existem em muitas Umbandas por ai.
Enfim... é diferente. É como dizem:  tudo junto e misturado. Será que isso dá certo?
Será que essa junção não é o primeiro passo para a união dessas praticas numa coisa só? Isso não seria um passo de evolução?
A nova pratica o "Umbandomblé" (sem ser sarcástica)  onde esta o seu real limite?
Numa pratica religiosa devemos misturar rituais?
Ah... são tantas perguntas e ainda não tenho respostas. Não dá mais para vestir o branco, bater palma e incorporar e virar um fantoche mediúnico fazendo tudo que o Pai de Santo manda fazer sem ao menos saber o que esta fazendo e porque. É preciso associar o conhecimento empírico ao literário. É chegada a hora do despertar!
Quem sabe juntos  possamos dar mais um passo e compreender mais sobre a Umbanda que ainda pouco sabemos. 
Na onda cyber correndo gira entre os blogs me despeço assim: "Axé para quem é de Axé; Benção para quem é de Benção; Motumbá para quem é de Motumbá; Mucuiú para quem é de Mucuiú e Saravá para quem é de Saravá."


3 comentários:

Unknown disse...

Interessante a abordagem sobre a real umbanda, agr eu quem lhe faço mais uma pergunta ja que debateu tanto sobre esta.O que seria a 'Umbanda popular'?
Concordo com seus questionamentos,se essa umbanda popular não foi um só inicio e que hoje já nao existe mais.Que em uma evolução natural talvez, tenha se mesclado com outras e como vc mesmo colocou se tornou a 'umbandomblé'.

Anna RJ disse...

Pois eh Carol...temos aqui dois aspectos distintos na minha opinião. A Umbanda Popular que me refiro é realmente aquela iniciada por Zélio de Moraes. É claro que tudo com o tempo evolui e se agrega, mas será que estamos perdendo a essência da Umbanda? A humildade tão presente na Umbanda, esconde-se nas vestes ricas, inúmeras guias, pagas (algumas bem caras) para realizações de trabalhos, assim do mesmo modo quando misturam com cultos da mesa branca, em meio de seesões de Umbanda acontecem psicografias, trabalhos de cirurgias espirituais até Reiki já tive o conhecimento... não sei o que dizer filha e trocar conhecimento, refletir e aprender. Axé

Anna RJ disse...

Esse papo começou la no orkut....

Temos em nosso coração a mesma Umbanda... mas q o objetivo do blog é reflexão... jogo aqui 3 pontos import post pelos meus 3 amigos que vale uma reflexão e tanto e resposta intima sobre seus passos nessa caminhada de evolução:
a) "Umbanda da Caridade, Fraternidade e da Irmandade..... "
b) "atitude....afastar os sentimentos antagônicos"
c)"existem irmãos com corações limpos cheios de amor de carinho e respeito uns pelos outros ..."
Em que ponto vc caminha?

Lemos um livro aqui no Evangelho no Lar muito bacana simples e com muitas informações.
Livro - Muitos são os Chamados - Vera Lucia Marinzeck Carvalho
Sinopse:Marcos é um jovem e ambicioso médico. Após seu desencarne, sente-se desamparado e então percebe como foi indiferente aos irmãos necessitados e a importância da caridade em nossas vidas.
Beijo
Axé